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Aborto: O assassinato

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A maioria das pessoas entende que a Igreja Católica é contra o aborto. Mas nem todas compreendem o motivo.

Em primeiro lugar, eu gostaria de lembrar do meu post sobre Células Tronco(CT), pois ele já nos dá algumas informações importantes nesse tema. Da mesma forma que na pesquisa de Células Tronco Embrionárias, na qual o problema é o assassinato de embriões, o problema no aborto é o assassinato do feto.

As objeções mais comuns feitas, na tentativa de defender o assassinato, são essas:

(A) A mãe não vai poder sustentar a criança.

(B) A mãe tem direito sobre seu próprio corpo.

(C) O feto ainda não é um ser vivo.

Vamos avaliar as objeções.

(A) A mãe não vai poder sustentar a criança.

Essa objeção é extremamente falha, principalmente em 2 pontos:

1) A mãe não precisa sustentar a criança. Ela pode mandar o bebê para um orfanato.

2) Por acaso a não-sustentação de alguém justifica um assassinato? De modo algum. Duvido que os defensores dessa tese achem que devemos matar os moradores de rua porque eles passam fome e mal se sustentam. Porém, um interesse individual faz com que eles vejam a opção do assassinato como algo interessante e válido.

(B) A mãe tem direito sobre seu próprio corpo.

Concordo com essa afirmação. De fato, a mãe tem direito sobre seu próprio corpo. O corpo ao qual ela não tem direito é o da criança que está em desenvolvimento em seu útero, que não deveria ser assassinada simplesmente porque “a mãe tem direito sobre o seu próprio corpo”.

(C) O feto ainda não é um ser vivo.

Fico me perguntando o motivo que leva as pessoas a acreditarem nisso. A linha de raciocínio para a refutação dessa afirmação é o mesmo que foi usado na Pesquisa de Células Tronco Embrionárias, quando se afirma que “um embrião não é um ser vivo”. Dessa forma, vou simplesmente copiar o texto que coloquei lá:

“Aqui já temos um problema, pois não há motivo nenhum para acreditar nisso. Alguns dizem que o embrião está num caso de morte cerebral, tal como outros mortos. Se ele te disser isso, a resposta é simples: “Oras, coloque o embrião no local adequado e ele irá se desenvolver. Agora vejamos se o morto irá voltar a vida”.

Você pode, também, perguntar à pessoa que está discutindo contigo o conceito de vida dele. Provavelmente, ele vai apresentar um conceito de vida como o dessa pergunta, aí é só seguir a linha de raciocínio que expus lá. Também vale comparar com outro ser vivo, se ele disser algo do tipo: “Ele não come!”, basta fazer a comparação com uma planta: Ela também não come. Aí ele deve dizer: “Ah! Mas ela obtém seu próprio alimento, o embrião não”… Porém, há animais que usam outros para obter seu alimento(parasitas), nem por isso você os considera mortos.”

Essas observações devem bastar para refutar essa idéia.

Conclusão:

Tal como na pesquisa em CT Embrionárias, o aborto consiste em um assassinato de um indivíduo completamente indefeso. Em defesa da vida, a Igreja se opõe ao aborto.

Written by catolicoresp

20/05/2011 às 15:14

Publicado em Aborto, Igreja Católica

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8 Respostas

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  1. Sobre o item (C), é muito interessante como geralmente os ateus defendem fortemente que a vida só se iniciou uma única vez e a partir disso houve evolução, mas se “esquecem” desse argumento na hora de falar sobre o aborto.

    Ora, se a vida se iniciou uma única vez e vem se propagando desde então, não faz o menor sentido dizer que o embrião não é um ser vivo.

    Decidam, ateus!

    20/05/2011 at 21:25

  2. A questão do aborto (interrupção voluntária da gravidez) é extremamente complicada:

    Concordam os defensores e detractores da IVG que matar seres humanos é errado.

    Discordam é frontalmente no que é um ser humano.

    A Igreja Católica considera que a vida humana começa na fecundação.
    Consideram que estando terminada a meiose essa célula (o zigoto) já tem a dignidade dum ser humano.

    Nessa perspectiva a destruição dum zigoto deveria ser punida com a mesma pena que o assassinato dum ser humano.

    Os defensores da despenalização da IVG consideram que só podemos falar de vida humana a partir dum certo grau de maturação do zigoto. Normalmente 6 semanas.

    Claro que estas posições são em si dificeis de defender:

    Ninguém vai, por uma questão de coerência, pretender condenar uma mulher a uma longa pena de prisão usar um DIU que permite a fecundação ou por usar a pílula do dia seguinte.

    É difícil de explicar porque é que às seis semanas e um dia é diferente de seis semanas.

    joao melo de sousa

    20/05/2011 at 23:05

    • Já comentei sobre o embrião(da pesquisa de CT) que abrange essa área aí também. E o comentário do Zé também explica esse caso citado.

      catolicoresp

      21/05/2011 at 11:03

  3. […] em Células tronco embrionárias: É moralmente incorreto(conforme argumentei, respectivamente, aqui e aqui), porém são legalizados em diversos países do mundo. Ou seja, está incorreto de acordo […]

  4. […] Em primeiro lugar, quase nenhum não é o mesmo que nenhum. Dessa forma, não são fotos nem  um pouco enganadoras porque esses abortos ocorrem em alguns países. Além disso, o aborto não se torna menos assassinato por causa do tempo de gestação(vejam este post). […]

  5. “Oras, coloque o embrião no local adequado e ele irá se desenvolver. Agora vejamos se o morto irá voltar a vida.”

    Assim como o embrião, as células da pele também tem potencial para gerar vida e, portanto, no momento que elas caem (quando “trocamos de pele”) cometeríamos um crime?

    '-'

    21/12/2011 at 15:39

    • Até onde sei a sua pele não é um indivíduo inteiro… É? Cá entre nós, sua comparação foi no mínimo tosca.
      A pele é uma parte de um indivíduo. As células do embrião são todo o indivíduo…

      catolicoresp

      21/12/2011 at 17:36

  6. […] Aborto:  O assassinato Gostar disso:GosteiSeja o primeiro a gostar disso. […]


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